Classificação do agrupamento de Alcanena no "ranking"
Na sequência da publicação dos rankings de escolas 2013, a 9 de novembro, o Agrupamento de Escolas de Alcanena detetou uma grave incorreção dos dados relativos aos seus resultados. Ao verificar esta situação, a Direção do Agrupamento contactou telefonicamente os serviços do Diário de Notícias, no dia 12, procedendo à reclamação formal e esclarecendo que os dados corretos, com base na informação fornecida oficialmente ao Agrupamento, pelo Ministério da Educação e Ciência, em nada se comparam aos publicados pelo Vosso jornal, quer na versão impressa quer na versão digital.
No âmbito deste contacto, o jornal revelou indisponibilidade de imediata análise e resolução do problema, apenas nos tendo sido dito, posteriormente, que o jornal tinha critérios próprios para elaboração dos rankings, mas que a situação seria alvo de análise. No entanto, até à presente data mantém--se a publicação (online) da versão incorreta de dados.
Face ao exposto, e tendo em consideração o prejuízo que a Vossa versão importa à imagem do Agrupamento, nomeadamente no que respeita à qualidade do serviço prestado e à qualidade do sucesso obtido, cumpre-nos exigir a correção da informação publicada, bem como a publicação de uma nota de esclarecimento.
O Agrupamento de Escolas de Alcanena desenvolve, ao longo de cada ano letivo, um trabalho de instrução e formação dos alunos, que se reveste da maior seriedade e que revela o empenho de toda a comunidade escolar em prol da qualidade do sucesso. O resultado deste projeto educativo tem vindo a refletir-se, ao longo dos anos, nas classificações obtidas nos exames nacionais, as quais nos têm posicionado, sistematicamente, entre as melhores do distrito e em posições que, a nível nacional, também nos têm orgulhado. Não é, pois, admissível que, este ano, tendo o MEC divulgado que a média do Agrupamento de Escolas de Alcanena é claramente positiva (109,97 - Ensino Secundário) e acima da média nacional, surja, na Vossa apresentação, o valor de 56,0 de média, colocando-nos num desprestigiante e comprometedor penúltimo lugar a nível nacional.
Os critérios que cada órgão de comunicação escolhe para proceder às suas análises são da sua responsabilidade e valem o que vale qualquer análise meramente baseada em valores estatísticos e de natureza quantitativa. No entanto, os mesmos não podem, de modo algum, escamotear dados oficiais nem incorrer em conclusões que não correspondem à verdade, por um lado, nem abonam a favor da credibilidade dos seus autores, por outro. Errar é legítimo, mas não é legítimo, nem admissível, a não assunção do erro ou da sua correção.
Deste modo, solicitamos a imediata alteração do Vosso painel de resultados dos exames nacionais, a bem da verdade, da transparência e do serviço ético da Vossa publicação.
Frederico Calado Nunes, diretor do Agrupamento de Escolas de Alcanena
Nota de redacção: O DN baseia os rankings em critérios estabelecidos há vários anos e que não mudaram em 2013. Esses critérios são divulgados em conjunto com as listagens das escolas. Desses critérios constam, nomeadamente, a não inclusão de escolas com menos de 10 provas realizadas, o cálculo da média apenas com base nas provas com mais de mil inscritos a nível nacional, a consideração apenas dos resultados da 1.ª fase dos exames nacionais e a não consideração de exames feitos por alunos auto-propostos, visto estes , frequentemente, serem estudantes que não frequentaram o estabelecimento de ensino no ano letivo em causa. Estes critérios são, naturalmente, passíveis de discussão. Mas aplicam-se a todas as escolas de igual forma. Tanto quanto o DN julga saber, o Ministério da Educação não elabora "médias" de escolas, limitando-se a facultar os resultados alcançados pela totalidade dos alunos que realizaram provas em cada estabelecimento de ensino.